junho 25, 2018
Desde fevereiro, mês que ocorreu o decreto que determinava a intervenção militar no Rio de Janeiro, os tiroteios aumentaram em 36% na área, sem evidências de melhorias na segurança da cidade.
Durante os primeiros quatros meses da intervenção, ocorreram 3210 tiroteios, contra 2355 contados nos quatros meses anteriores, segundo relatório do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (Cesec) da Universidade Cândido Mendes. O estudo também afirma que houve aumento de 34% na letalidade da polícia nos meses iniciais, sendo 444 pessoas mortas. A quantidade de homicídios dolosos caiu em 13%, somando 1794.
De acordo com Silva Ramos, socióloga e coordenadora do projeto, “Nunca se viram tantos agentes, a um custo tão alto, mobilizados para obter tão pouco. (…) Precisamos de inteligência, medidas estruturantes, de integração das forças, de combate à corrupção e diálogo com a sociedade. A intervenção prometeu tudo isso. Mas está entregando operações, tiroteios e mais mortos em confrontos, inclusive policiais”.
Raúl Jungmann, ministro da Segurança Pública, sugeriu que a intervenção, que tem previsão de durar até o final do ano, pode ser prolongada até o fim de 2019, a fim de cumprir seu propósito. “Se tivermos mais tempo, melhores resultados virão”, afirmou.
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